quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dizem... Mas nunca me disseram...

Dizem que o amor é amizade em chama...
Dizem que todas as coicidencias são destino...
Dizem que a atracção é o poder do desejo...
Dizem que todos os momentos são marcantes...

Mas nunca me disseram:

...que durante a amizade tem que se sofrer e quando damos por nós, amamos quem nos deu amizade e nos fez sofrer por amor...

...que todas as circunstâncias, a que chama-mos coicidencias, sendo elas boas ou más, proporcionam o nosso destino dependente das acções que decidimos tomar...

...que a atracção é algo tão perigoso como deslumbrante, que nos arrasta para um profundo desejo, que pode ou não ser certo, apesar de por vezes se o mais errado...

...e que todos os momentos, sejam eles bons ou maus, são marcantes, pois são eles que nos fazem viver as amizades, os amores, as coicidencias, as atracções, os desejos, e todos os momentos que fazem o nosso destino, por mais certo ou errado, feleiz ou infeliz, que ele nos possa parecer...

Joana Silva

Marinheira... As lágrimas da poeta cativa...

Num corpo ofegante de desejo,
Jaz a esperança de algo...
Ímpeto sentimento ambíguo...
Misterioso o rumo que toma!

Nada mais é senão um todo,
Coração ferido, em espírito: Guerreira!
Corre contra o vento e marés!
E trás no peito somente a coragem!

O seu sonho de marinheira,
Em breve chegará a bom porto...
Maldito novelo que não se desenrola!
E lhe afugenta a mágoa, o seu pranto!

Pede a deuses, que não crê...
O impossível do instante!
Mas na alma mora a chama,
Que a faz cativa do seu ser!

Não teme nada, nem ela mesma!
O que deve, apenas camaradagem...
Não possui mais belo sentimento,
Do que no seu choro, lágrimas de coragem!

O vento chama pela paixão,
Mas o tempo já a levou!
Apenas uma ficou em terra,
A outra o mar lhe tirou!

O que o tempo tira,
O destino constrói!
Se em versos escritos por sábios,
Já dizia há muito...

Não há-de partir pelo horizonte,
Se nem no limiar da terra e do mar passou!
O que há-de ficar, senão ela,
É a paixão que a fez reter!

Marinheira de coração,
Companheira de espírito...
Verdadeira de sua alma,
E cativa do seu mundo perdido!

Oh, vinde a mim destino,
Para cumprir, como tal, a minha sina!
Não me percas pelo olhar, em que busco!
Não te esqueças desta poeta cativa...

Joana Silva

sábado, 2 de outubro de 2010

Infinito...



Infinito algébrico,
Tanto possui como tira...
Neste imerso universo,
Sinto-me como estivesse perdida...




Venho em busca de conhecimento,
Venho procurar aquilo que não encontrei!
Teu perfume colado ao meu corpo,
Como foi que te achei?

Tenho presente o teu olhar,
O teu sorriso, o teu tom...
Tenho algo ainda mais estimável,
Momentos que me ficaram marcados!

Dizem que livro de algibeira...
Anda sempre para todo o lado!
Mas os sentimentos e lembranças,
Não o são: São companheiros...

Pretendendo algo,
Procurando outro tanto...
Tentando perceber algo,
E encontrando conforto...

Sei algo que mais ninguém sabe...
Tenho algo que mais ninguém tem...
Sinto algo que mais ninguém sente...
Tudo o que sei, tenho, e sinto presente de ti...

"Oh! barco que não 'tás no cais!
Vem depressa acolher os passageiros,
Que nesse teu aconchego tem lugar,
Nesse teu peito de marinheiro!"

Um Beijo Eterno...

Joana

Contos




Era uma vez um bonito castelo de areia...
Veio a onda e apagou-o...
Não, não é este o tipo de contos que me fascina...
E tão pouco os que têm um final feliz...
São os que no meio da aventura e deslumbre...
Fazem com que aconteçam coisas que se tornam únicas, como um sorriso, um olhar mais sentimental...
Ou então actos provenientes de um sentir...







 À pouco tempo contei um conto a meias...
E creio que algo mais se criou...
Uma amizade com comuns partículas, pensamentos e gostos...






Uma vez uma princesa num reino muito muito longe,
Com um dom magico, passeava à beira mar...
Em busca do seu príncipe, apenas encontrou conchas e peixinhos falantes!
E como por magia, como uma melodia caminhou por entre mar,
E com a sua voz de fada citou: "o teu desejo mais profundo se irá concretizar!"
E como por fantasia, o seu príncipe à beira mar veio dar...





É a história, ou conto, que por meias palavras juntou-se para se tornar único...
Podem dizer que não é perfeito... Mas nenhum conto o é...
O que é certo é que superou os obstáculos da imaginação...
Verdade?!...




Uma visita a um farol...
Um passeio à beira mar...
Um conto comediante...
Um luar ofegante...






Tudo isso o fez ser diferente...
Ainda o és, e serás...



Queres dar asas à imaginação?! E deixar em branco o fim de um outro conto?
Deixar o tempo se encarregar de tal tarefa, e ir até onde ele quiser?



Mas com uma condição... Fazer do impossível desejável, da curiosidade uma aventura,
Do desejo uma partilha, e de uma amizade algo inesquecível...


Beijo =)