Num corpo ofegante de desejo,
Jaz a esperança de algo...
Ímpeto sentimento ambíguo...
Misterioso o rumo que toma!
Nada mais é senão um todo,
Coração ferido, em espírito: Guerreira!
Corre contra o vento e marés!
E trás no peito somente a coragem!
O seu sonho de marinheira,
Em breve chegará a bom porto...
Maldito novelo que não se desenrola!
E lhe afugenta a mágoa, o seu pranto!
Pede a deuses, que não crê...
O impossível do instante!
Mas na alma mora a chama,
Que a faz cativa do seu ser!
Não teme nada, nem ela mesma!
O que deve, apenas camaradagem...
Não possui mais belo sentimento,
Do que no seu choro, lágrimas de coragem!
O vento chama pela paixão,
Mas o tempo já a levou!
Apenas uma ficou em terra,
A outra o mar lhe tirou!
O que o tempo tira,
O destino constrói!
Se em versos escritos por sábios,
Já dizia há muito...
Não há-de partir pelo horizonte,
Se nem no limiar da terra e do mar passou!
O que há-de ficar, senão ela,
É a paixão que a fez reter!
Marinheira de coração,
Companheira de espírito...
Verdadeira de sua alma,
E cativa do seu mundo perdido!
Oh, vinde a mim destino,
Para cumprir, como tal, a minha sina!
Não me percas pelo olhar, em que busco!
Não te esqueças desta poeta cativa...
Joana Silva
esta fofinhooooooooooooooooooooo
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