quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Marinheira... As lágrimas da poeta cativa...

Num corpo ofegante de desejo,
Jaz a esperança de algo...
Ímpeto sentimento ambíguo...
Misterioso o rumo que toma!

Nada mais é senão um todo,
Coração ferido, em espírito: Guerreira!
Corre contra o vento e marés!
E trás no peito somente a coragem!

O seu sonho de marinheira,
Em breve chegará a bom porto...
Maldito novelo que não se desenrola!
E lhe afugenta a mágoa, o seu pranto!

Pede a deuses, que não crê...
O impossível do instante!
Mas na alma mora a chama,
Que a faz cativa do seu ser!

Não teme nada, nem ela mesma!
O que deve, apenas camaradagem...
Não possui mais belo sentimento,
Do que no seu choro, lágrimas de coragem!

O vento chama pela paixão,
Mas o tempo já a levou!
Apenas uma ficou em terra,
A outra o mar lhe tirou!

O que o tempo tira,
O destino constrói!
Se em versos escritos por sábios,
Já dizia há muito...

Não há-de partir pelo horizonte,
Se nem no limiar da terra e do mar passou!
O que há-de ficar, senão ela,
É a paixão que a fez reter!

Marinheira de coração,
Companheira de espírito...
Verdadeira de sua alma,
E cativa do seu mundo perdido!

Oh, vinde a mim destino,
Para cumprir, como tal, a minha sina!
Não me percas pelo olhar, em que busco!
Não te esqueças desta poeta cativa...

Joana Silva

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